segunda-feira, 4 de abril de 2011

Adeus meu anjinho...

Ele chegou de repente, e ela já não esperava mais por isso afinal já era tarde da noite. Ela não teve coragem para olhar nos olhos dele então fixou o olhar no chão e se concentrou para que não houvesse nenhum deslize, ela saiba que seus olhos eram sua maior fraqueza e que não podia se perder neles por um minuto pois se não todo o esforço viria agua a baixo.
Desfarçar as vezes era tão inútil, até que ele sentou do lado dela, e ela ficou tão desconfortavel e confortavel ao mesmo tempo, afinal a presença dele trazia tanta paz a ela, mais daquele momento ela não podia mais te-lo, toca-lo, ele não pertencia a ela e isso doía tanto que parecia que jamais iria passar.
- Você está encomodada com alguma coisa? - ele disse e sabia qual era a resposta.
- Estou - ela disse com uma dor que parecia que havia aumentado, ouvir a voz dele se dirigindo para ela era como uma faca sendo enfiada no coração.
- E tem a ver comigo? - mais uma vez ele sabia a resposta.
- Sim - foi a unica coisa que ela conseguiu dizer pois parecia que se falasse mais alguma palavra começaria a chorar.
Eles sentaram em uma muretinha afastados de todos e ela não conseguia mais aguentar, teria que dizer o que estava entalado na garganta sem presar:
- Você não precisa me falar nada, eu já sei que você voltou com ela e isso é o suficiente pra mim, se você fez isso é porque gosta dela e não de mim, eu já entendi - não eram essas as palavras que ela queria dizer, ela queria dizer que não aguentava mais ficar sem ele, que aquilo doia mais que tudo, mais como sempre ela era compreensiva e queria respeitar a decisão dele e que se fosse pra ele estar com ela não seria por obrigação ou pena, ela teve de ser forte.
- Eu não voltei com ela, ainda. Você sabe a forma como eu gosto dela, já te expliquei isso, é preocupação, carinho... Eu gosto de você - aquelas palavras entraram na cabeça dela como um tiro.
- Eu não entendo você, eu acho que você não tem noção do quanto eu gosto de você, do quanto eu queria estar com você, do quanto eu penso em você, eu invejo ela, pois ela tem a pessoa mais linda do mundo de baixo do nariz dela e não da valor, eu queria estar no lugar dela por um dia, eu queria um dia poder te chamar de meu. Porque ela tem tudo isso e não presa? Eu não entendo, nem você... nem ela. - as palavras que ela disse sairam entre soluçoes e lagrimas.
- Eu gosto de você, eu não sei explicar, é como um imã, eu não sei ficar perto de você e não querer estar cada vez mais perto, eu penso em você o tempo todo. Eu não quero magoar ela, eu me preocupo com ela. Eu também tenho medo de não dar certo com você, das pessoas inventarem coisas e você acreditar nelas, ela é uma certeza, já me acostumei... - ele fez uma pausa como quem pensava enquanto ela filtrava as palavras que ele havia acabado de dizer sem tentar ficar tonta, sem tentar não chorar mais - e eu tenho medo de você só gostar de mim por eu ser dificil pra você, não dificil, mais a situação seja dificil, como um desafio...
- Você ainda tem coragem de dizer uma coisa dessas, eu passei por cima de tudo que eu preso, de todos os meus principios por você, quando eu finalmente achei que tava tudo bem entre a gente, eu me senti tão bem, tão feliz, tão leve. Eu não aguento mais isso, eu estou ficando perturbada com essa situação. - ela chorava e mal conseguia falar, mais precisava falar, ele tentou enxugar suas lagrimas mais ela era mais rápida, o coração dela batia com uma velocidade absurda, como se a qualquer momento pudesse explodir, ela queria abraça-lo e pedir para que não fizesse isso, mais sabia que não podia, não devia, como aquilo doia, era pior que qualquer dor física que ela já havia sentido em toda sua vida.
- Eu poderia dizer pra você seguir em frente, que você vai achar uma pessoa legal, que seja certa pra você... Mas eu não quero dizer isso, pois a unica pessoa certa pra você sou eu, e não sei o que faria se te visse com outra pessoa. - quando ele disse isso a vontade dela era de sorrir, ela havia ficado feliz, ela acreditava que ele gostava dela, mesmo que todos os indicios negassem isso, ela sentia que ele gostava dela, ela sempre acreditou nele, mais a situação era difícil. O pior de tudo é que ela não queria esquece-lo, ela queria gostar dela, ela gostava de gostar dele, pois ela sabia que ele era a unica pessoa certa para ela, mais ela teve de ser forte e dizer:
- Me desculpa, mais eu não aguento mais isso e se você voltar mesmo com ela, por favor não me procure mais, me deixe em paz, me esquece, mesmo que largue dela no outro dia, pois eu não aguento mais essa situação... - aquilo era doloroso de se dizer mais ela sabia que era o certo a se fazer, ela não queria mais sofrer.
Eles continuaram a conversar, e a cada palavra que ele dizia o coração dela batia junto, e quando ele parava de falar o coração dela parava junto, como se os seus sentidos andassem juntos, ela ficava tonta a todo momento mais tentava disfarçar, ela tentou não chorar mais, porém as vezes era difícil demais e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto involuntariamente, ela queria tanto que tudo fosse diferente, desejava isso com tanta força, foi quando ele disse:
- Para de chorar por favor, vamos pra la e vamos aproveitar o resto da festa e eu quero te ver sorrir do meu lado, vamos esquecer isso agora, por favor.
- Eu vou tentar - ela sabia que seria inútil, mais teria de fingir, ela queria vê-lo feliz com ela, vê-lo satisfeito por ela cumprir.
Eles levantaram e voltaram para a mesa, o resto da festinha não teve significado nenhum para ela, pois a maior parte do tempo ele estava longe dela, e as unicas horas que tiveram algum significado foram quando ele chegava perto dela, ou dirigia a palavra a ela, pois ela se arrepiava toda. Ele até tirou a camisa e fez ela vestir, e ela vestiu e ficou o resto da noite com ela, sentindo o cheiro do perfume dele a cada minuto, era como se ela se perdesse a cada vez que sentia o cheiro dele.
Mais tarde ele se aproximou e abraçou ela, quase que seu coração saiu pela boca, ela retribuiu o abraço e eles foram deitar em um quarto, ela sabia que precisava se conter, não podia chegar muito perto dele pois ela podia não se conter e sabia que aquilo não era certo. Ele tentou se aproximar pra abraça-la, mais ela teve de se conter pois sabia que era errado, tentou ficar o mais longe dele possível, mais era inutil, pois era como se um imã a puxasse pra mais perto dele, a pele dela queria tanto tocar a dele, e a vnotade e a razão dela começaram a brigar como cão e gato, as vezes uma se sobre-saía mais que a outra, mais ela conseguiu manter o controle. Eles ficaram ali por um tempo, ela ficou observando ele por um bom tempo, e mil sonhos se passavam pela cabeça dela. Quando a voz dele quebrou o silêncio:
- Eu adoro ver uma mulher usando uma camisa minha - a voz dele era como música para os ouvidos dela.
- Serio? Meu cheiro vai ficar nela - ela disse sorrindo.
- Mais é essa a intenção - ela queria beija-lo, esquecer tudo, todas as magoas, mais a razão ganhou essa briga.
- Eu queria dormir um dia abraçado com você, acordar no dia seguinte e te ver do meu lado, só pra ter certeza de que tudo isso não é um sonho - ela desejava isso com todo o coração dela, com toda força que ela tinha dentro de si.
- Você não tem noção o quanto eu também queria isso.
Eles ficaram ali por mais algum tempo, depois se levantaram e ele foi leva-la embora. Quando chegaram lá sentaram no chão e ainda ficaram um tempo abraça-dos, ela queria olhar nos olhos dele, mais não conseguia pois tinha medo de não resistir. Então se levantaram para se despedir. Eles chegaram perto um do outro e se abraçaram, não foi um abraço comum, foi como um abraço de adeus, ela sabia que aquela era a ultima vez que se abraçariam daquele jeito, pois ele voltaria com a outra, e enquanto eles estiveram abraçados todos os momentos que eles passaram juntos flutuaram na cabeça dela. Ela não queria solta-lo, pois ele iria embora e aquilo iria doer mais que tudo, ela o abraçou cada vez mais forte e sentiu seu coração bater junto com o dele, foi quando ela teve de ser forte e o soltou e se virou para entrar em casa, uma lágrima escorreu do seu rosto e então ela pensou consigo mesma 'ADEUS MEU ANJINHO' ...

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